terça-feira, 4 de setembro de 2007

Liberdade, Apenas uma Cela Maior


Por: W. Ben Yehudah


O Homem desde a sua maturidade existencial, desde a sua percepção de consciência e capacidade de julgamento, tem buscado a liberdade para si e para os seus semelhantes. Interessante notarmos que nenhum filósofo ou erudito precisa explicar conceitos de liberdade para que uma pessoa queira ser livre, este ato factual denota a natureza humana que busca incessantemente pela independência e espontaneidade desde os seus primeiros passos, é verdade que todo o homem tem necessidade de se expressar, necessidade de expor as suas convicções acerca dos assuntos, e ele só realiza esse anseio através da sua liberdade.
Como Sociedade não poderia ser diferente, o Brasil em sua infância já desejou a liberdade, a sua independência. Desde que fora governado e usurpado por aqueles a quem esta terra não pertencia, o Brasil lutara por sua condição de livre, aqueles que até então governavam nosso País sabiam que era uma questão de tempo para que a Nação Nascente soltasse suas amarras em direção à vida livre.
A Monarquia Portuguesa bem que tentou, mas a irreverência dos pais Brasileiros foi maior do que a lei por eles imposta, muitos caminhos foram propostos buscando oferecer uma liberdade parcial, falsa, poucos foram aqueles que lutaram pela imediata independência de nossa Nação, pois entendiam que somente a independência total valeria a pena, somente ela preencheria o coração dos Brasileiros.
Aquele que era Gigante pela Própria natureza não nascera para ser simples colônia ou apenas um útil serviçal de Portugal. Foi no dia 7 de Setembro do ano de 1822 à caminho da capital Paulista, nas margens do Rio Ipiranga, que um certo Príncipe português convencido do valor dos Brasileiros declarou o fim da colonização e a soberania da nação. As coisa não foram assim tão simples, como não poderia deixar de ser, a Liberdade nunca veio de maneira simples, sempre houveram aqueles que tentaram se levantar contra ela, mas sempre houve também o vestígio da vox populi, dos heróis e patriotas presentes e percebidos no meio dos tiranos.
E depois de tantos anos, aquele Grito de independência ainda ecoa pelos nossos céus, é fato que um grito não traz liberdade para alguém, tampouco um papel escrito pode quebrar nossas cadeias.
O que nos leva a pergunta estamos livres hoje? Afinal, uma proclamação de um nobre frente a um Rio, libertou acaso os escravos de suas senzalas? Libertou o Cativo do Cativeiro? Os Corações foram acalentados com aquela liberdade proposta?
O que mais vimos, corações alegres ou Lágrimas se misturarem ao sangue daqueles entes queridos que morreram por seu ideal de Independência e ainda não viram seu sonho ser realizado?
E Depois de tanto tempo, aquela proclamação de independência ainda pode estar em nossos corações, e em cada homem há ainda uma fagulha que busca algo assim, que a suposta liberdade não nos deu, mas creditávamos que aquilo ali seria suficiente para que pudéssemos viver nossas vidas em paz, achávamos que talvez alguns diretos a nós dados, seriam suficientes para que nosso coração não se angustiasse.
Ah, o Brasil, um humilde veterano das Américas, tão rico e tão pobre, tão cheio de caminhos, mas tão perdido, fora lançado vicariamente como vítima e como vilão pelas eventualidades do destino, ainda comunga com seus concidadãos os sonhos de sua infância. A Face de nossa Nação, não uma mera aparência de vaidade, ainda é um sinal da vox populi, agora vaga, desaparecida.
Mas afinal o que é que o homem tem em si como cidadão que não pode ser saciado, o que é que buscamos que os príncipes nem os governantes nos podem dar? O que é esta liberdade tão difícil de entender e de achar?
Afinal, depois desta procissão de dias, meses e anos o que teríamos escolhido, a Independência ou a Morte? Seria por acaso, as duas uma só? Não teria tudo sido apenas uma bela frase Poética nos livros de História? A Realidade é que a liberdade não foi ainda provada pelo nosso povo. Igualmente real é que os governantes e príncipes deste mundo não nos podem a dar.
A Liberdade em sociedade já foi a tempo abolida, de forma que muitos até já desistiram dela, mas a verdade é que todo homem ainda a busca, mesmo sem saber e a busca em si mesmo, todos nós temos este anseio.
Sonhos e Poesias não bastam, eles não nos libertam, conjecturas de filósofos não podem criar vida e resolver os nossos problemas, nossos corações ainda clamam por algo que eles ainda não ofereceram, e não ofereceram porque nem mesmo eles a possuem.
A Verdade é que nenhum homem pode nos dar a liberdade, a liberdade que verdadeiramente ansiamos, a liberdade para nossa mente, para nosso coração, a liberdade que só o Santo de Israel pode nos dar.
Foi por isso, e para isso que Jesus, o Cristo veio ao mundo, para nos dar esta liberdade que lei alguma, ou constituição poderia nos promulgar, a liberdade para o espírito humano, abatido e cansado. E por que ansiamos esta liberdade, que, quando não a temos, dias como Sete de setembro não passa de um dia de fogos vagos e sem sentido, pois não podemos comemorar aquilo que não conhecemos nem provamos, verdade é que mesmo assim ansiamos, pois se desejamos, sabemos afinal que em algum lugar ela existe, e esta liberdade esta em Deus, concedida a nós pelo amado Filho. Possamos todos nós desfrutarmos desta verdadeira liberdade gratuita, que transcende até mesmo esta vida, em Cristo Jesus, e como já dizia o Apóstolo Paulo:


"Estai, pois, firmes na liberdade com que Cristo nos libertou, e não torneis a colocar-vos debaixo do jugo da servidão." (Gálatas 5 : 1)

Conquiste Sua Liberdade nEle, pois nEle há a Liberdade, e tenha um Feliz Sete de Setembro, proclamando a SUA Independência!