terça-feira, 29 de maio de 2012

Síndrome de Constantino: Nominalismo


Viver a vida cristã sempre foi um grande desafio, mas o prazer da comunhão com Cristo supera qualquer vento contrário. Todo cristão engajado com os princípios apostólicos tem satisfação em congregar bem como externar sua fé. O Mundo contemporâneo esta vivendo uma época de grandes mobilidades no que se refere a espiritualidade brasileira, hoje nascem várias manifestações religiosas que nos surpreende pela sua criatividade de nomes e de filosofias "pseudo-teológicas".

O aumento dessa pluralidade religiosa, entre outras coisas, tem produzido o aumento do retrato sócio espiritual, ou seja, o aumento de cristãos (evangélicos nominais), no qual eu denomino como a síndrome de Constantino. Uma síndrome significa a reunião de alguns sintomas ou comportamentos que caracterizam uma patologia não específica e sem causa determinada.   Dados da revista Isto É citando o IBGE declara que:  "evangélicos de origem que não mantêm vínculos com a crença saltaram em seis anos de insignificantes 0,7% para 2,9%".

Em números absolutos são quatro milhões de brasileiros a mais nessa condição. O espirito deNominalismo vem de longe e tem como seu precursor o imperador Constantino. Segundo Gene Edwards o Imperador Constantino foi o primeiro cristão medieval: "noventa por cento cristão de nome e noventa por cento pagão de pensamento".

O termo Cristão nominal é usado para qualificar o indivíduo que professa uma determinada fé sem, contudo ser praticante. Esta expressão foi utilizada pela primeira vez por William Wilberforce (1759-1833). Winston Churchill citando Wilberforce dizia que o mesmo  foi um cristão  crítico, que  rejeitava o cristianismo acomodado.   Wilberforce dizia:  "que não bastava professar o Cristianismo, levar uma vida decente e ir à Igreja aos domingos, mas que o Cristianismo atravessa cada aspecto, cada canto da vida cristã". A sua abordagem do Cristianismo era essencialmente prática.

Dentro da visao de Wilberforce  "os interesses do cristão nominal concentram-se nas coisas temporais, os interesses do cristão autêntico concentram-se em coisas eternas. O dicionário catequético da Igreja Presbiteriana do Brasil descreve "cristão nominal" como aqueles que usam a igreja para "um ponto de encontro para rever os amigos, parentes e para ter uma "terapia espiritual", sem, contudo, ter "o novo nascimento".
Segundo o Congresso Internacional de Evangelização, em Lausanne em 1974, o cristão "nominal" é aquele que "intitula-se cristão, mas não tem um relacionamento autêntico com Cristo com base na fé pessoal. Neste congresso foi levantado o perfil do cristão nominal:
1) Frequenta a igreja, sem relacionamento pessoal com Cristo.
2) Vai à igreja, mas por motivos culturais e não espirituais.
3) Frequenta a igreja, mas só nas festividades e cerimônias especiais.
4) O que não frequenta a igreja nem é membro dela, mas se considera verdadeiro cristão. 
Verdades que os cristãos nominais devem saber:
1) Devemos "mostrar" que a verdaderia Espiritualidade é evidenciada na prática diária. Tiago 1: 27 "A religião pura e imaculada com nosso Deus e Pai é esta : Visitar os orfãos e as viúvas nas suas aflições ,e guardar-se incontaminado do mundo."
Quando Tiago escreve a respeito do cuidado com orfãos e viúvas, ele tem em mente, evidenciar que a vida cristã tem seu lado prático. Pois fé e obras (prática) caminham juntas e são indeléveis. Tiago declara que a espiritualidade saudável é acompanhada de uma vida prática, e todo cristão autêntico se esforça para viver os ensinos do evangelho em seu cotidiano.
2) Devemos "conscientizá-los" que uma vida cristã plena redunda em bem-estar espiritual. Tiago 1: 25 ... Aquele, porém que atenta bem para lei perfeita, a da liberdade, e nela persevera, nao sendo ouvinte esquecido, mas executor da obra, este será BEM-AVENTURADO NO QUE REALIZAR.
Um dos maiores prazeres que o cristão pode ter é viver as bençãos contidas na palavra, e isso só é possível quando nos entregamos cabalmente a vontade de Deus, o evangélico que oferta apenas porções de sua vida terá dificuldade em desfrutar dessa riqueza, pois a vida cristã se torna impraticável quando vivida pela metade.
3) Devemos mostrar que o evangelho é vivo. Hb 4:12 Pois a palavra de Deus é viva e eficaz,e mais cortante do que qualquer espada de dois gumes, e penetra até ao ponto de dividir alma e espírito, juntas e medulas, e é apta para discernir os pensamentos e intenções do coração.
Como líderes devemos nos esforçar para mostrar aos cristãos nominais que a palavra de Deus é viva, Deus é dinâmico e pode transformar a vida descompromissada de qualquer pessoa.
4) Devemos "levá-los" á uma experiência impactante. At 9: 3 "Aproximando-se ele de Damasco, na sua viagem, subitamente o cercou um resplendor de luz do céu." I Cor 4:20 "Pois o reino de Deus, não consiste em palvras, mas em poder."
O cristão nominal muitas vezes é perito em textos bíblicos, porém como ministros da palavra é de vital importância que sejamos um canal de Deus levandos-os  à uma experiência  com Deus.
O apóstolo Paulo era douto da lei judaica, porém só teve uma mudança radical quando teve um impactante encontro com Cristo. Segundo o adágio popular "contra fatos não há argumentos." Algumas ferremantas podem ser utilizadas como: campanhas de oração, retiros espirituais, busca de plenitude do Espírito Santo, entre outras.
5) Devemos tratá-los com intervenções de longo prazo. Rm 10: 17 "De sorte que a fé vem pelo ouvir, e o ouvir pela palavra de Deus."
É necessário que o líder e a igreja  tenham paciência pois é um tratamento de longo prazo.O cristão nominal é um ser dotado de fé, pois ainda está no meio da congregação, porém o que lhe falta é o engajamento com os valores do reino, saindo de um anonimato insípido e cinzento para uma vida rica e de prática no âmbito espiritual.
Mudanças no âmbito psico-espiritual levam tempo, e para não haver frustração pessoal é necessário que o líder não desanime em seu minstério de ensino e cuidado pastoral.

Reprodução Autorizada desde que mantida a integridade dos textos, mencionado o autor e o sitehttp://www.institutojetro.com/ e comunicada sua utilização através do e-mail artigos@institutojetro.com


Publicado em 11.05.2012

sábado, 26 de maio de 2012

Relações Existentes Entre Aconselhamento Psicológico e Aconselhamento Pastoral





Comentário sobre o TCC: Psicologia Da Religião: Relações Existentes Entre Aconselhamento Psicológico E Aconselhamento Pastoral, de Joana Locatelli e Karine M. Ribeiro do Amarante:


As autoras iniciam o trabalho afirmando que a população está desamparada, devidos os grandes problemas da sociedade contemporânea. Neste contexto o SUS surgiu para suprir estas necessidades na área da saúde, e o sistema fez com que os psicólogos deparassem com uma nova realidade, uma vez que até então a clientela era limitada à classe média. Devido o despreparo destes psicólogos que migraram para o serviço público em lidar com os problemas, o sujeito continuou ausente de respostas e soluções da psicologia, e por força disso acabaram sendo conduzidos às Igrejas, onde encontraram atendimento.

A justificativa do TCC se apoia no reconhecimento que a OMS dá a questão da “espiritualidade”, como uma dimensão humana. Embora na medicina ocidental, pela falta de compreensão deste aspecto, a espiritualidade sempre foi tratada ou com negligência ou com oposição pelos psicólogos, pois os egressos das faculdades de psicologia não saem preparados para trabalhar com esta área. Assim, as Igrejas acabam por atender esta demanda e auxiliar os sujeitos em seus conflitos.

O trabalho versou ainda sobre a questão do fenômeno religioso, frisando “a religião e o simbólico”, explicando que o que é sagrado para um sujeito pode não ser sagrado para outro. E que “aqueles que se sentem despojados de ‘sorte’(...) buscam apoio”, e esta busca se direciona ou à psicologia ou à religião. A psicologia e o fenômeno da religião têm uma história antiga na busca de uma interface mútua, considerando é claro o desenvolvimento histórico. As pessoas religiosas utilizam suas tradições para modular suas experiências emocionais, tendo desta forma benefícios psicológicos, porque a religião busca fornecer sentido e finalidade à vida. Apesar de distintas, a psicologia e a religião tem em comum a formação do suporte para o sentido da vida e ambas tentam viabilizar a realização pessoal do ser.

O histórico do aconselhamento psicológico no Brasil, segundo o trabalho, tem nos ensinos de Carl Rogers sua maior expressão e influência.
O aconselhamento psicológico define-se como “técnica psicopedagógica de ajustamento superficial que pretende auxiliar o paciente a resolver seus próprios conflitos através de conselhos e sugestões”. Porém, não se restringe a “dar conselhos”, mas propõe-se a fornecer assistência ao indivíduo. O profissional conselheiro é um facilitador que enfoca a tomada de decisão do sujeito, que potencializa recursos próprios. Isso não significa “fazer ou pensar pelo outro, mas fazer ou pensar com o outro”. O aconselhamento psicológico não pode ser confundido com a psicoterapia, pois sua dimensão mais marcante é a tomada de decisão, enquanto a psicoterapia trata a patologia.

         Vemos, porém, sobre o aconselhamento pastoral, que este é um ministério de ajuda às pessoas por meio de conversas e outras formas de comunicação, voltado também às questões espirituais, tendo é claro relação e usando instrumentos da psicologia. Ele evidencia um problema de cada vez, onde o aconselhando é levado a dominar suas dificuldades lançando mão dos recursos individuais e dos recursos da fé cristã, especialmente a oração e a Bíblia. Através do aconselhamento pastoral as pessoas procuram se entender consigo mesmas até chegarem à conclusão de qual é o sentido de viver e desenvolverem simetria nas relações com os outros, com Deus e com o mundo. “O objetivo do aconselhamento pastoral é libertar as pessoas de posturas inconvenientes e da forma deturpada de perceber a realidade, além de afastar temores, raiva e culpa” (p. 28).

Ao final, foram apresentados os elementos comparativos entre a psicoterapia, o aconselhamento psicológico e o aconselhamento pastoral, deixando claro que as finalidades, tratamento e tempo de duração destes últimos se distinguem das da psicoterapia. Quanto ao aconselhamento psicológico e o aconselhamento pastoral são na maioria semelhantes entre si, especialmente na visão antropológica, no fenômeno psicológico e no papel cotidiano na vida das pessoas. “Ambos tem diferenças, mas apontam para um objetivo comum, o ser humano, o seu bem-estar” (p. 33).

Pr. Joary Jossué Carlesso
Trabalho da Pós-Graduação em Aconselhamento Cristão

sexta-feira, 25 de maio de 2012

MUDANÇAS NO DEPARTAMENTO DE DISCIPULADO DE JOINVILLE




O Departamento de Evangelismo e Discipulado da Assembleia de Deus de Joinville está passando por mudanças neste mês de maio de 2012.
A primeira diz respeito à posse do novo 1º secretário e secretário-executivo do Departamento, Pb. Anderson Marcelo de Souza, que veio de Santa Cecília, onde coordenava o Discipulado naquele campo. O Pb. Anderson assumiu a função no início deste mês, está responsável por toda a área de relatórios e secretaria, e em breve estará assumindo também toda a área de Evangelismo do Departamento. O servo de Deus congrega no Distrito Nova Jerusalém com o Pr. Joary Carlesso, coordenador Geral do Depto. Discipulado, e neste Distrito lidera três grupos de discipulado e coordena a Vigília "Desperta Joinville". Com a vinda do Pb. Anderson, o departamento também passará a atender e receber relatórios via o MSN discipuladojoinville@hotmail.com
Ainda no dia 22 o Departamento de Discipulado mudou seu local de atendimento, que até então era na casa atrás do Templo Sede. Devido ao projeto do Pr. Sérgio Melfior, Pastor Presidente da AD Joinville, de ampliar o Templo Sede, foi construído um novo complexo de salas no estacionamento da Igreja, na Rua Dr. Plácido Olímpio de Oliveira, onde o Departamento passou a atender em uma nova sala mais ampla para atender os líderes de discipulado e pastores que diariamente procuram o Departamento. O Departamento conta também com uma NOVA linha telefônica exclusiva (47) 3026-4093.
Para Pr. Joary Jossué Carlesso, coordenador do Departamento de Discipulado, "este foi mais um importante passo que foi dado pelo nosso Pr. Presidente, Pr. Sérgio Melfior. Cada vez mais o Depto. de Discipulado de Joinville se consolida e se fortalece, atendendo nossas 154 congregações e inúmeras Igrejas em SC e Sudoeste do PR. Diariamente também recebemos e-mails e telefonemas de todo o Brasil, onde dezenas de Igrejas estão fazendo parcerias conosco na área do Evangelismo e Discipulado. Creio que o crescimento da estruturação do Departamento, agora com 3 obreiros em tempo integral, mais dezenas de equipes de palestrantes e centenas de discipuladores vai resultar na salvação de milhares de vidas através de Jesus Cristo. Este novo escritório é uma agência do Reino de Deus para apoias as Igrejas na proclamação do Evangelho".
Pr. Joary informa ainda que está chegando uma nova tiragem de 10.000 lições de aluno e 5.000 lições de mestre do curso "Conhecendo o amor de Deus", 5.000 livretos personalizados "Sua Nova Vida em Cristo", da CPAD, que será um dos materiais usados na Integração de novos convertidos, além de milhares de folhetos e materiais evangelísticos. "Graças à prioridade que o nosso Pastor Presidente dá aos novos convertidos e à evangelização, este investimento vai alavancar ainda mais o trabalho", finaliza o Coordenador do Discipulado, que no mês de junho vai ao RN, com o 2º coordenador, Pr. Cássio Ruthes, de onde trarão novas parcerias para o Departamento.
CONTATOS DO DEPARTAMENTO DE EVANGELISMO E DISCIPULADO DA ASSEMBLEIA DE DEUS DE JOINVILLE - SC:
NOVO TELEFONE: (47) 3026-4093
NOVO ENDEREÇO: Rua Dr. Plácido Olímpio de Oliveira, 973 - Bairro Bucarein (rua lateral do Templo Sede)

quinta-feira, 17 de maio de 2012

Reflexão



A BÍBLIA E O CELULAR

"Buscai ao Senhor enquanto se pode achar, invocai-o enquanto está perto” (Isaías 55.6)

Já imaginou o que aconteceria se tratássemos a nossa Bíblia do jeito que tratamos o nosso celular?
E se sempre carregássemos a nossa Bíblia no bolso ou na bolsa?
E se déssemos uma olhada nela várias vezes ao dia?
E se voltássemos para apanhá-la quando a esquecemos em casa, no escritório…?
E se a usássemos para enviar mensagens aos nossos amigos?
E se a tratássemos como se não pudéssemos viver sem ela?
E se a déssemos de presente às crianças?
E se a usássemos quando viajamos?
E se lançássemos mão dela em caso de emergência?
Ao contrário do celular, a Bíblia não fica “muda” é só abri-la e Deus fala contigo... Ela “pega” em qualquer lugar.
Não precisa “pagar” para ter créditos automaticamente ao ler e praticá-la os créditos caem em sua conta, porque Jesus já pagou a conta e os créditos não têm fim.
E o melhor de tudo: não cai a ligação e a carga da bateria é para toda a vida.

Dentro dela encontramos alguns telefones de emergência:
Quando você estiver triste, ligue João 14.
Quando pessoas falarem de você, ligue Salmo 27.
Quando você estiver nervoso, ligue Salmo 51.
Quando você estiver preocupado, ligue Mateus 6:19,34.
Quando você estiver em perigo, ligue Salmo 91.
Quando Deus parecer distante, ligue Salmo 63.
Quando sua fé precisar ser ativada, ligue Hebreus 11.
Quando você estiver solitário e com medo, ligue Salmo 23.
Quando você for áspero e crítico, ligue 1 Coríntios 13.
Para saber o segredo da felicidade, ligue Colossenses 3:12-17.
Quando você sentir-se triste e sozinho, ligue Romanos 8:31-39.
Quando você quiser paz e descanso, ligue Mateus 11:25-30.
Quando o mundo parecer maior que Deus, ligue Salmo 90.

Anote em sua agenda, um deles pode ser IMPORTANTE a qualquer MOMENTO em sua VIDA!

Repasse para seus contatos… Pode ser que um desses números de emergência salve uma vida!

Autor Desconhecido

segunda-feira, 14 de maio de 2012

ALCANÇANDO ESTA GERAÇÃO COM O DISCIPULADO


PALESTRA MINISTRADA NO TEMPLO SEDE DA ASSEMBLEIA DE DEUS DE ESTEIO - RS

 Pr. Joary Jossué Carlesso*


“Depois que toda aquela geração foi reunida a seus antepassados, surgiu uma nova geração que não conhecia o Senhor e o que ele havia feito por Israel.” (Juízes 2.10 - NVI)


1. INTRODUÇÃO: MAPAS E BÚSSOLAS

O dia 3 de fevereiro de 1931 começou com uma tranqüila manhã de terça-feira na região Costeira da Baía Hawkes, na Nova Zelândia. Os moradores de Napier e Hastings, as duas principais cidades daquela área cuidavam da sua vida como faziam há décadas.
Então, às 10h46 da manhã, tudo mudou. Ocorreu um terremoto de 7.9 graus na escala Richter, que destruiu a maior parte dos edifícios em ambas as cidades, matando centenas de pessoas. Logo que a fumaça e a poeira se dissiparam, os moradores de Napier e Hastings foram tomados de grande surpresa. A paisagem abalada possuía pouca semelhança com o terreno que eles tinham conhecido tão bem. Pontos Turísticos – como o monte Napier Bluff – haviam sido arrancados da costa e lançados ao mar. O que uma vez fora um terreno plano, era agora uma cadeia de montes. Onde havia existido vales, agora tinha uma região plana. A Lagoa Ahuriri havia sido tragada deixando mais de 3640 hectares de terra seca.
Quando começaram a reconstruir a cidade, se depararam com um dilema. O terreno havia mudado muito. Os mapas da cidade já não serviam. Estes mostravam estradas onde estas não existiam, e não mostravam a terra onde esta veio a surgir.
Por fim, Napier e Hastings, foram reedificadas com sucesso, porque aqueles que dirigiram a reconstrução jogaram seus mapas fora e confiaram em uma bússola. Quando a paisagem muda e os mapas são inúteis, a bússola ainda é digna de confiança.
Grandes abalos sociais e mudanças culturais aconteceram em toda a história. A queda do Império Romano é um exemplo. Quando os Bárbaros invadiram Roma, os pagãos jogaram a culpa nos cristãos, dizendo que os deuses estavam furiosos com o Monoteísmo Cristão. Então surgiu Agostinho, Bispo de Hippona, Norte da África e argumentou que os cristãos não tinham culpa, o comportamento pagão havia acelerado a queda de Roma. Os Escritos de Agostinho serviram como leitura orientadora que a Igreja seguiu pelos mil anos seguintes. Em meio ao caos e à confusão, foi a Igreja que mostrou o caminho.
Hoje, nós estamos passando por um abalo sísmico semelhante: A ERA PÓS-MODERNA.

Nunca antes uma sociedade se tornou tão permissiva, tão deslocada e desunida, tão incapaz de manter a ordem, a estabilidade e o equilíbrio.”
Atualmente, as pessoas não se submetem mais à razão e à lógica familiar. Exemplos:
- O número de adultos sem igreja dobrou de 1991 para cá. (G. Barna)
- Treze milhões de pessoas dizem ter aceitado a Jesus, mas não tem por hábito freqüentar uma igreja.
Nossos mapas antigos – Escola Dominical, EBF, fórmulas de crescimento da Igreja, evangelismo, entrega de folhetos, cultos ao ar livre, campanhas para alcançar pessoas – não têm o mesmo resultado que outrora tiveram.
Não podemos continuar fazendo o que sempre fizemos, do mesmo jeito e esperar obter um resultado diferente.
Onde estão aqueles que fazem parte desta geração, e não freqüentam a Igreja? De uma volta de carro no sábado ou no domingo à noite, e você os encontrará reunidos, em grupos de 2 a 10, sentados numa praça ou em torno de uma mesa numa lanchonete. Eles estão conversando, falando e ouvindo. Estão experimentando a comunhão e buscando a intimidade. Estes locais não estão nos nossos mapas de sábado e domingo. Como fazer para alcançá-los? Precisamos retornar urgentemente à bússola, que é Cristo.

 


2. A GERAÇÃO PÓS-MODERNA

 

Antes de mais nada, aqueles que constituem a próxima geração de crentes estão desorientados. Eles não querem mais um mapa, eles precisam de uma orientação pessoal.

QUEM É ESSA “GERAÇÃO QUE NÃO CONHECE O SENHOR”?

- Encontramos uma Geração Desorientada. Eles não querem um mapa: eles precisam de orientação pessoal. Continuamos a lhes oferecer novos mapas – eventos –, quando na verdade eles estão implorando por orientação pessoal.
- Uma Geração Temerosa. Quais edifícios essa geração teme? Famílias, instituições políticas e a igreja. Exemplo: até a década de 90, as novelas em que a mãe e o pai trabalhavam juntos a fim de prover um refúgio seguro para seus filhos. Hoje, foram substituídas por outras que mais refletem a vida real (?) onde pessoas moram juntas pela amizade, ou pessoas do mesmo sexo “casadas” e etc. Uma vez que o edifício chamado família desabou, as pessoas sentem medo de voltar para ele. Temos como exemplo nos Estados Unidos o seriado Friends.
- Uma Geração sem Identidade. Os jovens encontram identidades na música e no cinema e adotam para si.
Esta geração, talvez como nenhuma antes dela, está desesperada por um discipulado. A essência em ser um discípulo está em passar algum tempo com o próprio Mestre. E isto é o que conseguimos como discípulos de Jesus – um convite a sua casa, onde podemos ficar com ele, ouvi-lo, fazer com que ele nos ouça e nos tornarmos seus amigos.
Quando apresentamos este retrato do cristianismo – e não há outro que seja completo ou exato sem o discipulado – estas pessoas desconsertadas e desesperadas anseiam por ser incluídos nesse quadro. Elas podem estar desnorteadas, mas sabem que a resposta que estão procurando é suficientemente grande para dar-lhes segurança na hora do terremoto.

3. QUAL É A NOSSA TAREFA?


Queremos que a Igreja cresça e seja bem sucedida. Porém, muitos métodos que utilizamos para a Igreja crescer, falham em efetuar uma mudança de vida permanente nas pessoas. O fato de alguém se sentar na Igreja por duas horas no domingo não o torna em um discípulo, de forma alguma! Jesus deixou apenas um plano para crescimento da Igreja: a multiplicação através de discípulos fazendo discípulos. Muitas vezes pedimos aos irmãos que passem seu tempo servindo como porteiros, cuidando de crianças e outros departamentos. E, quando são informados que a ordem de Jesus é ir fazer discípulos, estão todos cansados demais para cumprir a Grande Comissão, pois gastaram seu tempo e recursos em outras áreas.

4. RELACIONAMENTOS X ESTUDO DA PALAVRA


Para atendermos à área dos relacionamentos e alcançarmos o maior número de pessoas – com qualidade – precisamos retornar a três qualidades fundamentais:
ESTUDAR A CULTURA – Ao longo de toda trajetória da Igreja, as pessoas examinaram com atenção a cultura a fim de transmitir a Palavra de modo acessível e compreensível. Ex.: Paulo em Atenas.
ESTUDAR A BÍBLIA – À medida que estudamos a Bíblia, descobrimos os valores e a visão de Deus para cada um de nós.
EDIFICAR A IGREJA - Precisamos recuperar o entendimento fundamental que os cristãos não “vão a Igreja”, eles “são a Igreja”. A mudança de mente é uma constante (Rm. 12.2). Ou a Igreja muda, ou atrofia e morre.


5. CONCLUSÃO


Jesus não deixou um Plano B para a Igreja na evangelização. Existe apenas um plano: a multiplicação através de discípulos fazendo discípulos (Mt. 28.19-20). A evangelização atual precisa retomar o modo que Jesus usava para formar discípulos há quase dois mil anos: relacionamentos pessoais e ministração da Palavra de Deus.
Diante dos terremotos que estamos enfrentando nas áreas Moral, Política e Familiar não podemos apresentar novos mapas às pessoas, mas devemos trabalhar com a bússola, isto é, um discipulado que transforma vidas.
Eu e você, amado irmão, temos a obrigação de nos colocarmos na posição de amigos e ajudarmos as pessoas desta geração a experimentarem um encontro real com o Mestre. E, isso só vai acontecer se arregaçarmos as mangas e lutarmos pelo Discipulado. Essa é a orientação que Jesus nos deixou em Mateus 28.19-20.

6. BIBLIOGRAFIA

MENDES, Naamã. Igreja Lugar de Vida. Venda Nova. Editora Betânia, 1993.

BREEN, Mike. KALLESTAD, Walt. Uma Igreja Apaixonante. Rio de Janeiro. CPAD. 2005.

MELLO, Cyro. Manual do Discipulador Cristão. Rio de Janeiro. CPAD. 2003.



*Pr. Joary Jossué Carlesso é Assessor da Presidência IEADJO, Coordenador do Depto. de Discipulado da IEADJO, Pastor Distrital - Distrito 38 – NOVA JERUSALÉM em Joinville e Secretário do DECOM (Depto. de Comunicação) da CIADESCP. Cursou Design (UNOESC), é Bacharel em Teologia (Moriah) e pós-graduando em Aconselhamento Cristão (Refidim).

Bacharel em Teologia reconhecido pelo MEC

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Discipulado em Esteio RS